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Cidades-Mortas, de Dêner B. Lopes

  • Foto do escritor: Marlon Souza
    Marlon Souza
  • 8 de jul. de 2016
  • 4 min de leitura

LIVRO – Cidades-Mortas

AUTOR – Dêner B. Lopes

EDITORA – Chiado

COLEÇÃO – Viagens na Ficção

LANÇAMENTO – 2014

CAPA – Prassad Silva

GÊNERO – Literatura Brasileira | Distopia


SINOPSE – Cada uma das 10 Cidades da nação de Lisarb escolherá por meio do voto dos habitantes, um casal de jovens entre 15 e 18 para o Festival das Cidades-Mortas.


Os 20 Eleitos serão encaminhados para a Cidade-Morta selecionada, onde serão confinados e terão que escapar dos soldados-rôbos que irão se dispersar pelo local, com claras intenções de morte lenta.


Todos aqueles que conseguirem sobreviver até o final das duas semanas de confinamento terão a honra de fazer dois pedidos, possíveis e aprovados pelo Presidente, é claro.


As seleções começarão no dia primeiro do último mês do ano e o Festival terá início no dia terceiro após os Eleitos serem anunciados.


O confinamento será acompanhado por toda Lisarb por meio da TV aberta durante todos os dias do Festival, ao fim das noites.


Aos Eleitos, com toda a verdade, desejamos sorte e, acima de tudo, coragem.

– David Neil e Boris Alvimar

(Diretor da emissora RGS – 14 e Presidente da República.)

SOBRE O AUTOR – Dêner B. Lopes nasceu no inverso de 1995, em Minas Gerais, no Brasil. O gosto pela literatura começou em meados de 2010, e de lá para cá só se fez aumentar.


Participou, também, da antologia de contos fantásticos Utopia (Andross Editora) e em 2016 organizou a Antologia Phantasia (Rouxinol Editora).


Cidades-Mortas é o primeiro volume de uma série.





"Com a inspiração da sempre talentosa Suzanne Collins, Dêner nos apresenta uma história ímpar e frenética."

Renato C. Nonato, autor de Terras Metálicas.



Hey Galera, hoje a resenha escolhida é o livro Cidades-Mortas do, amigo e autor, Dêner B. Lopes. Então vamos a ela!


Em um futuro distópico o Brasil passa a se chamar Lisarb e todos os anos acontece o chamado Festival das Cidades-Mortas, que consiste em selecionar, por meio de votação popular, um grupo de jovens para passarem duas semanas na Cidade-Morta pré-definida em uma caçada mortal por soldados-robôs e outros desafios no decorrer do Festival que será televisionado para toda a Lisarb. Ao final do período do Festival todos os sobreviventes terão o direito de fazer dois pedidos ao Presidente e ele os realizará se, e apenas se, os pedidos forem aceitos.

Cidades-Mortas vai contar a história de Arthur, que mora na cidade do Rio de Janeiro e é o principal candidato a ser escolhido para a próxima edição do Festival. Tendo seu pai vencedor da edição em que participou e seu irmão que quase sobreviveu em sua edição, Arthur era o principal cotado a participar do Festival em seu ano. Ele já sabia disso e até mesmo os moradores e seus colegas do orfanato pareciam também saber disso.

“Há quem diga, pelas costas, é claro, que o Festival nada mais é que uma carnificina. Convenhamos: pessoas morrem todos os dias, bem mais do que miseráveis que conseguem enriquecer. A morte atingirá a todos um dia; alguns tolos não concordarão com minhas palavras, mas é certo que estamos fazendo aos Eleitos um favor. É melhor morrer do que passar o resto da vida em miséria, não?”

Trecho, Cidades-Mortas.

A história vai se desenvolvendo e em determinado momento Arthur entra para o Festival de um jeito um pouco inusitado e agora ele precisa sobreviver aos soldados-robôs de todos os outros desafios que encontrará pela frente. É claro que não falarei mais nada para não dar nenhum spoiler aquele que ainda não leu esse livro.


O Dêner soube escrever um personagem com uma personalidade forte e imutável, apesar dele ter uma evolução no decorrer da narrativa, Arthur continua tendo a mesma personalidade, que acarretará num final insano (por falta de palavra melhor).


No livro também vemos a volta da segregação racial o pode-se dizer até semelhanças com uma época de horror vivida pelo nosso país, A Ditadura Militar. Pareceu-me que ele usou ou se inspirou nesse período para compor toda a atmosfera de Lisarb. Outros personagens acabam tomando um pouco da cena em alguns momentos da narrativa.


O único ponto negativo que tenho sobre Cidades-Mortas é o mesmo que tenho em Jogos Vorazes, que foi a saga em que Dêner B. Lopes tenho sua inspiração, que é a narrativa em primeira pessoa. Apesar de eu adorar livros narrados em primeira pessoa e ter suas muitas qualidades, acho que esse tipo de narrativa não combina com livros de ficção cientifica e fantasia. Eu queria conhecer mais daquele mundo, nas duas sagas e infelizmente a escrita em primeira pessoa não me permite esse maior envolvimento com o mundo que cerca aquela narrativa. Mas é claro que essa é uma opinião minha.


Dêner conseguiu criar um personagem fascinante e muito humano. Ele tem seus pensamentos, suas convicções. E sua visão de mundo que é só sua. Ele é muito real. A História é bem amarrada e bem escrita. Dependendo do ritmo de leitura do leitor, a pessoa consegue ler o livro em algumas horas. De tão fluida e dinâmica que Cidades-Mortas é; um bom livro para ser lido em qualquer momento.


Então é isso aí, pessoal. Mais uma resenha saiu e fico feliz em poder falar de Literatura Brasileira, ainda mais quando o livro é muito bem escrito. Até mais!!!



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